A paralisia facial ocorre como resultado da lesão do nervo Facial, responsável pelo controle dos músculos da face associados à nossa expressão, como por exemplo, sorrir, piscar, fechar os olhos e franzir a testa.
A fisioterapia nestes casos tem como objetivo melhorar a simetria da face em repouso e durante os movimentos bilaterais, além de inibir os movimentos involuntários (sincinesias) por meio de técnicas como facilitação neuromuscular proprioceptiva, estimulação sensorial, treino de coordenação motora. Além disso, estudos têm mostrado que a aplicação de laser pode contribuir para uma recuperação mais rápida.
A paralisia facial, também conhecida como paralisia de Bell, pode ter início com uma dor na região posterior da orelha, local por onde o nervo facial sai do interior do crânio e vai em direção aos músculos da face. É comum a inflamação e compressão do nervo neste estreito canal ósseo. Muitas pessoas associam a paralisia facial com o “golpe de ar”. Alguns autores acreditam que o resfriamento súbito da face devido ao contato com o ar frio poderia levar a uma vasoconstrição das pequenas artérias que irrigam o nervo facial e com isso, ocorreria uma isquemia (falta de sangue). No entanto, esse fenômeno é controverso. Outra hipótese seria a lesão do nervo devido a um vírus. Independentemente da etiologia da lesão do nervo, o sistema nervoso periférico tem a capacidade de regeneração, que vai depender da gravidade e da extensão do dano no nervo. A fisioterapia é muito importante para a recuperação dos movimentos da face. Os músculos paralisados podem sofrer encurtamentos, rigidez, fibrose, que se não forem tratados de modo adequado, podem levar a deformidades faciais. Além disso, a estimulação dos movimentos da face pode promover a produção de substâncias neurotróficas que auxiliam na recuperação do nervo.