Torcicolo muscular congênito é a forma mais comum de torcicolo na infância. É uma condição musculoesquelética pediátrica benigna caracterizada por contratura unilateral do músculo esternocleidomastóideo, resultando em inclinação da cabeça para o lado do músculo afetado e rodada para o lado oposto.
Em associação, pode-se ter elevação do ombro do lado do músculo contraturado, lesão do plexo braquial e a presença de um nódulo intramuscular.
O diagnóstico precoce é essencial e previne complicações decorrente do mal posicionamento da cervical, como assimetrias na face e do crânio, ou até alterações no tronco.
O tratamento inicial de escolha é clínico por meio da fisioterapia com eficácia em 97% dos casos, segundo a Diretriz Americana para Fisioterapia em Crianças com Torcicolo Congênito.
A abordagem fisioterapêutica no tratamento do torcicolo congênito consiste em melhorará a flexibilidade do músculo afetado, orientar aos cuidadores quanto ao posicionamento da cabeça, e estimulação para os movimentos ativos da cervical e do desenvolvimento neuropsicomotor.
Orientar e encorajar os cuidadores sobre a necessidade de complementar o tratamento com cuidados domiciliares é primordial e vai ao encontro do sucesso da reabilitação.