Não é fácil receber o diagnóstico de doença de Parkinson! Esta notícia pode trazer muitas dúvidas, medo e ansiedade, pois sabemos que a doença de Parkinson é muito estigmatizada e as pessoas logo a associam com desfechos negativos. No entanto, apesar de até os dias atuais não existir cura para a doença, é possível viver com qualidade de vida por meio dos tratamentos existentes. O objetivo deste post é dar algumas dicas simples, mas que podem ajudar muito a pessoa que está nos estágios iniciais da doença de Parkinson.
A doença de Parkinson é uma alteração degenerativa causada pela morte progressiva de neurônios que produzem uma substância química chamada dopamina. Essa substância é importante para o funcionamento normal dos circuitos neurais envolvidos com o planejamento dos nossos movimentos, aprendizagem motora, ajuste do tônus muscular e equilíbrio. Por este motivo, o paciente com doença de Parkinson começa a apresentar tremores, rigidez muscular, lentificação dos movimentos, instabilidade postural, entre outras alterações. A doença começa geralmente afetando um dos lados do corpo e com a evolução, ambos os lados são afetados. O tratamento para a doença de Parkinson consiste na prescrição de medicamentos que tem como objetivo repor a dopamina que não é mais produzida pelo sistema nervoso nas quantidades necessárias. Além disso, é fundamental que as pessoas que recebem o diagnóstico de doença de Parkinson procurem um fisioterapeuta, preferencialmente, experiente no atendimento a pacientes com a doença e que tenham realizado cursos de especialização e de atualização na área. O fisioterapeuta irá realizar uma avaliação para identificar quais são as alterações motoras e funcionais que o paciente apresenta e iniciar o tratamento por meio de estratégias específicas.
Dicas para Pessoas que Acabaram de Receber o Diagnóstico de Doença de Parkinson:
1. Respeite os horários e doses das medicações;
2. Faça atividade física específica orientada por um fisioterapeuta com experiência e especialização em neurologia;
3. Pratique exercícios aeróbicos como caminhada, ciclismo, natação ou mesmo corrida após uma avaliação das suas condições cardiorrespiratórias e do equilíbrio;
4. Faça exercícios de fortalecimento e alongamento musculares orientados por um fisioterapeuta;
5. Pratique exercícios de equilíbrio orientados por um fisioterapeuta;
6. Evite permanecer muito tempo sentado ou deitado;
7. Aproveite as atividades cotidianas para se manter ativo. Por exemplo, use escadas ao invés de elevador;
8. Nos dias frios, mantenha-se bem agasalhado, pois o frio pode aumentar a rigidez;
9. Realize atividades manuais como pintura, desenho, origami, crochê, tricô, dobraduras, digitação, culinária, etc.;
10. Aprenda novas atividades. Estimule seu cérebro envolvendo-se em cursos de idiomas, informática, ou outros cursos que exijam a aprendizagem de novas habilidades;
11. Mantenha-se socialmente ativo. Uma boa forma de manter a motivação para os exercícios é praticá-los em grupo!