O acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, pode ser definido como o surgimento de um déficit neurológico súbito, causado por algum problema nos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro.
Essa doença apresenta dois subtipos: o AVC Isquêmico e o AVC Hemorrágico. No primeiro, ocorre a obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral, causando a falta de circulação no seu território vascular. Já o tipo hemorrágico, é causado pela ruptura espontânea um vaso, com extravasamento de sangue para o interior do cérebro, condição chamada de hemorragia intracerebral, para o sistema ventricular e/ou espaço subaracnóideo (hemorragia subaracnóide).
Os sintomas do AVC incluem diminuição ou perda repentina da força muscular na face, braço ou perna de um lado do corpo, alteração da sensibilidade que pode ser associada à sensação de formigamento, da visão em um ou nos dois olhos, alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para compreender a linguagem, dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente, vertigem e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos, entre outros.
Como descrito acima, o paciente que sofre um AVC pode apresentar características clínicas diversas dependendo da área afetada, da extensão da lesão no cérebro e do tempo da interrupção da circulação.
Segundo algumas pesquisas, cerca de 250.000 pessoas vivem com as sequelas causadas pelo AVC, sendo que a recuperação pode ser longa e desafiadora.
Geralmente o quadro clínico inclui a perda dos movimentos voluntários e a dificuldade para manter-se nas diferentes posturas, tornando as tarefas cotidianas difíceis de serem executadas ou mesmo impossíveis de serem realizadas pelo paciente, gerando instabilidade, quedas e limitação funcional.
Uma excelente forma de tratar as sequelas deixadas pelo AVC é através da fisioterapia neurológica, que tem por objetivo facilitar a reorganização e plasticidade neural por meio do treino motor.
O fisioterapeuta especializado em Neurologia é capaz de compreender a raiz das dificuldades apresentadas pelo paciente, assim como o impacto que elas causam sobre a rotina do mesmo e de toda sua família. Portanto, o tratamento tem como foco maximizar o retorno da movimentação voluntária e independência o mais rápido possível.
Várias estratégias terapêuticas podem ser utilizadas dentro do tratamento fisioterápico, entre elas treino de marcha e equilíbrio com suspensão parcial de peso, reabilitação virtual, estimulação elétrica funcional (FES), treino de equilíbrio estático e dinâmico, treino sensório-motor, estimulação cognitivo-motora, trino dupla tarefa, treinamento com plataforma vibratória e treino de atividades funcionais e transferências.
FONTE – Equipe Clínica Motricità – (www.clinicamotricita.com.br)